Para que se possa entender a
história e o significado do Natal, tem-se que buscar a origem da palavra natal. Nas línguas
latinas o vocábulo natal quer dizer natividade, ou seja, referente ao
nascimento de Jesus.
Em
inglês, o termo utilizado é Christmas, literalmente Missa de Cristo. Na língua alemã,
é Weihnachten, cujo significado é noite bendita.
No ano
245 d.C., o teólogo Orígenes repudiava a ideia de se festejar o nascimento de Jesus
"como se fosse um faraó". O dia de Natal é a segunda mais importante
data religiosa no mundo ocidental, depois da Semana Santa, que representa a
morte e ressurreição de Je sus Cristo.
O 25 de
dezembro é uma comemoração de fundo religioso, que foi convencionada pela
Igreja Católica Apostólica Romana a partir do ano 354 da conhecida era cristã
pelo bispo romano Libério. Essa data foi instituída arbitrariamente para comemorar
o nas cimento de Jesus Cristo e, por isso, associada a uma festa pagã já existente
e comemorada nesse mesmo dia em honra ao deus Saturno.
A
Igreja de Roma entendeu que devia cristianizar a Saturnália, festa carnavalesca
que já era celebrada por vários povos por ocasião do solstício de inverno, o
que contribuiria com a expansão do cristianismo. No Oriente, a Igreja Ortodoxa
adotou o dia 7 de janeiro para comemorar o Natal.
A
origem da árvore de Natal vem da antiga Babilônia, através de Ninrode, bisneto
de Noé. Já era costume dos
druidas, que consideravam o carvalho sagrado; os egípcios consideravam sagradas as palmeiras, e os romanos, o abeto, conífera da família do pinheiro, que
era decorado com cerejas negras por ocasião da Saturnália.
O 25 de
dezembro é uma comemoração de fundo religioso, criada pela Igreja Católica a
partir do ano 354.
Segundo
algumas fontes, no mundo ocidental, essa tradição começou em 1530, na
Alemanha, com Martinho Lutero. Veio para o Brasil trazida por imigrantes alemães
que professavam a crença evangélica de confissão luterana. Hoje, a árvore natalina
se popularizou e é encontrada nos mais diversos tamanhos, em ambientes simples
e luxuosos. Nos ambientes mais luxuosos é ornamentada com
objetos decorativos ou que representam os presentes e recebem iluminação
especial colorida e
cintilante para despertar a atenção do público.
A
guirlanda, também conhecida por coroa de Natal, pode ser entendida como
enfeite, oferenda, oferta para funerais, celebração memorial aos deuses,
celebração das vítimas que eram sacrificadas aos deuses pagãos, celebração nos
esportes e celebração em memória à vitalidade do mundo vegetal. Ela significa um
adorno de chamamento, e consequentemente é porta de entrada de deuses. Razão pela
qual, geralmente, é colocada nas portas de entrada, como sinal de boas vindas.
A maior
parte dos deuses pagãos do Egito aparece sempre com uma guirlanda na cabeça.
O Papai
Noel tem origem com São Nicolau, que nasceu no século III, em Patras, na
Grécia. Em meados do
século XIII, a comemoração de São Nicolau passou de setembro para o dia 6 de
dezembro e sua figura
foi relacionada com as crianças, a quem deixava presentes vestido de bispo e montado
em um burro. Na época da Contra-Reforma, a Igreja Católica propôs que São
Nicolau passasse a entregar os
presentes no dia 25 de dezembro nas celebrações do Dia de Natal.
Durante
o século XVII os holandeses levaram para os Estados Unidos a tradição de
presentear as crianças usando a lenda de São Nicolau.
1931-1949 |
Assim,
nos Estados Unidos o Papai Noel veio do mito de Santa Claus. Ao longo do século XIX, Santa Claus
foi representado de muitas maneiras. Pouco a pouco ele começa a ficar mais
alto e barrigudo, a ganhar barba e bigodes brancos e a aparecer no Pólo Norte.
O símbolo de Santa Claus, em seguida, passou a ser utilizado largamente pela propaganda
comercial.
Em
1931, a Coca-Cola encomendou a um artista a remodelação do Santa Claus para
torná-lo ainda mais próximo. Esse artista se inspirou em um vendedor aposentado e, assim, nasceu de uma
propaganda da Coca-Cola o moderno Santa Claus. No Brasil, o velhinho distribuidor
de presentes é conhecido como Papai Noel, e em Portugal ele é conhecido como
Pai Natal.
O Natal
tornou-se uma das maiores formas de exploração comercial no mundo ocidental.
A
história mitológica do menino Jesus colocado em uma manjedoura, origem do presépio,
junto a seus pais, em ambiente extremamente humilde reservado para o abrigo de
animais, de acordo com a tradição católica surgiu no século XIII, quando São
Francisco de Assis quis celebrar o Natal mais realista possível.
Observando
todas essas lendas, mitos e costumes até aqui descritos, acima de tudo deve-se
respeitar o livre-arbítrio de cada um. Desta forma, as pessoas religiosas das
mais diversas denominações cristãs, católicas, evangélicas ou espíritas, têm todo
o direi to de comemorar essa data como acharem mais conveniente ou até de nem a
comemorar.
Nos lares das famílias racionalistas cristãs realmente esclarecidas
e que já se conhecem como força espiritual, porém, é de bom alvitre que se
desfaçam dessas
crendices mitológicas baseadas em lendas e procurem adotar e ensinar a suas
crianças, desde quando começam a querer saber das coisas que as cercam, a
verdade sobre a vida de Jesus, iniciando pelo esclarecimento sobre a data de
seu nascimento, para que mais tarde elas possam compreender de uma
forma racional o significado das festas natalinas e, através de estudos e
pesquisas, chegar a suas próprias conclusões, vindo a adotar o que ditarem suas
consciências.
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Sob o
ponto de vista econômico, no mundo ocidental regido pelo consumismo
capitalista, o Natal tornou-se uma das maiores formas de exploração comercial,
sempre o poder econômico fala mais alto, o
lucro se expande com a exploração da boa fé das pessoas que ainda vivem
atreladas aos costumes tradicionais e que não admitem um questionamento lógico
e racional.
Jesus,
o aniversariante que deveria ser lembrado no dia de Natal, foi completamente
esquecido e substituído pelo consumismo materialista, predominando as festas extravagantes.
Salienta-se
que a troca de presentes, por ocasião do Natal ou em qualquer outra data
adotada, entre as pessoas que alimentam laços sinceros de amizade e amor
verdadeiro é sempre salutar, e é oportuno que se pratique, porém não precisa
ser somente no dia 25 de dezembro ou nos últimos dias do ano.
O
convívio fraterno inspirado no dia de Natal deveria prolongar-se por todo o
ano.
Poderia
muito bem ser institucionalizado o Dia da Confraternização Universal das
Famílias, convencionado no primeiro dia de cada ano, em que se reuniriam as
famílias e pessoas amigas e aproveitariam esse encontro familiar para a troca
de presentes, e se abraçariam desejando felicidades e um
bom ano para todos os participantes.
Certamente,
esse convívio fraterno deverá prolongar-se durante todos os dias de cada novo
ano que começa em cada dia primeiro de janeiro, e não somente nos dias festivos
dos finais de ano, como vem acontecendo nos tempos atuais até o ano de 2014 da
convencionada era cristã, em que, passado o
começo do ano, são esquecidos os princípios de convívio fraterno esteados em uma
convivência cristã em que seja respeitado o semelhante e mantida a máxima de
não desejar para os outros aquilo que não queremos para nós.
Jesus e o dia de Natal
GILNEI CASTRO MÜLLER
Presidente da Filial Santa
Maria (RS)
Fonte:
Jornal A Razão
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