O treino da paciência requer saber lidar com as adversidades sem precisar ‘engolir sapos’
As pessoas esperam tanto da vida, das situações, querem segurança, têm medo de perder o que foi conquistado, se estão felizes acabam destruindo tudo pela expectativa da perda, ou por ver problemas onde só existem soluções.
O autoconhecimento que é prodigalizado há séculos por filósofos é a tônica principal de quem quer espiritualizar-se e dá as condições ideais para o alcance de dois itens importantíssimos na busca da felicidade: tempo e paciência. O treino da paciência requer saber lidar com as adversidades sem precisar "engolir sapos"; o tempo é elemento de peso no aprendizado da paciência, mas o tempo para a vida acontecer é outro, não
o que corre no relógio.
É difícil atingir esse estágio. Vejo minhas sobrinhas, meus pacientes adolescentes, meus alunos aos trinta e tantos anos e percebo que o conhecer-se, estudar e entender o porquê das contrariedades da vida é que vão, aos poucos, nos tornando mais calmos e pacientes.
Ser paciente é questão de opção. Quando ministrava aulas, nos primeiros anos de minha carreira universitária, era conhecida pela austeridade, dureza e até rispidez, querendo ser uma boa professora, muitas vezes fui a pior. Hoje percebo meus erros e tento ser uma pessoa melhor. Outro dia, uma ex-aluna de graduação, atual de pós-graduação, disse que tinha uma idéia diferente sobre mim e questionou o que causou a mudança. Eu brinquei, dizendo que foram anos no Tibet, fazendo analogia aos anos de Racionalismo Cristão, questionamentos internos, querer arduamente ter um espírito mais benevolente, entender que estamos todos nessa grande nave chamada Terra, evoluindo para a fusão com o Grande Foco, limitados pela matéria que nos aproxima com mais facilidade aos seres irracionais do que aos seres de Luz.
Para iniciar qualquer mudança interna é preciso, primeiro, identificar as próprias falhas, certa vez fiz uma experiência muito interessante, já descrita em uma das minhas crônicas: perguntei às pessoas mais próximas quais eram as minhas qualidades e meus piores defeitos, foi difícil ouvir as críticas, mas ali comecei meu aperfeiçoamento.
Existe uma necessidade premente de sermos aceitos como somos, mas a vida não é assim, para se conquistar a felicidade e a alegria neste plano é preciso muito trabalho pessoal, reconhecer que não podemos controlar o querer do semelhante, cada um tem suas expectativas e sentimentos, não podemos exigir que o mundo se comporte segundo nossa vontade.
Quando se está apaixonado, há pavor de perder a pessoa de nossa estima, os adolescentes questionam muito, como garantir que ele(a) fique para sempre ao seu lado. Imaturos, não sabem que não existem garantias nessa vida, muitas vezes perdemos o objeto de nosso desejo sem ter a visão astral ampla o suficiente para entender que às vezes notícias boas vêm fantasiadas de más notícias, é apenas mais uma experiência para o espírito. A dor da perda machuca, dói; aí vem a busca de apoio espiritual, como se as Forças Superiores pudessem fazer acontecer os maiores milagres! É preciso entender que a única companhia que não se pode perder é a própria, todas as outras relações são efêmeras, limitadas pela matéria e pelas leis da natureza.
O amadurecimento saudável traz a noção de que existe um valor especial em cada um de nós e isso traz a tranqüilidade de saber que somos dignos de ser amados e que, se são os nossos pensamentos que determinam a felicidade, se faz necessário evitar os pensamentos que ocasionam depressão e desânimo.
Para que a vida flua existem três coisas importantes: saber quem se é; saber onde se está e principalmente para onde ir. Quem se questiona está acordado, consciente, a vida caminha melhor e as garantias de momentos felizes se multiplicam, principalmente se o indivíduo perceber que a sua felicidade não pode depender de fatores externos, mas sim da paz espiritual. Kant(1789) dizia: "Dê a um homem tudo o que ele deseja, e ele, apesar disso, naquele mesmo momento, sentirá que esse tudo não é tudo." Um racionalista puro. Se acrescentarmos o lado cristão devemos nos lembrar de Sócrates, que gostava de descansar a cabeça percorrendo o centro comercial de Atenas, e quando os vendedores o assediavam ele respondia: "Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz."
GARANTIA DA FELICIDADE
Por: Heloisa Ferreira da Costa
As pessoas esperam tanto da vida, das situações, querem segurança, têm medo de perder o que foi conquistado, se estão felizes acabam destruindo tudo pela expectativa da perda, ou por ver problemas onde só existem soluções.
O autoconhecimento que é prodigalizado há séculos por filósofos é a tônica principal de quem quer espiritualizar-se e dá as condições ideais para o alcance de dois itens importantíssimos na busca da felicidade: tempo e paciência. O treino da paciência requer saber lidar com as adversidades sem precisar "engolir sapos"; o tempo é elemento de peso no aprendizado da paciência, mas o tempo para a vida acontecer é outro, não
o que corre no relógio.É difícil atingir esse estágio. Vejo minhas sobrinhas, meus pacientes adolescentes, meus alunos aos trinta e tantos anos e percebo que o conhecer-se, estudar e entender o porquê das contrariedades da vida é que vão, aos poucos, nos tornando mais calmos e pacientes.
Ser paciente é questão de opção. Quando ministrava aulas, nos primeiros anos de minha carreira universitária, era conhecida pela austeridade, dureza e até rispidez, querendo ser uma boa professora, muitas vezes fui a pior. Hoje percebo meus erros e tento ser uma pessoa melhor. Outro dia, uma ex-aluna de graduação, atual de pós-graduação, disse que tinha uma idéia diferente sobre mim e questionou o que causou a mudança. Eu brinquei, dizendo que foram anos no Tibet, fazendo analogia aos anos de Racionalismo Cristão, questionamentos internos, querer arduamente ter um espírito mais benevolente, entender que estamos todos nessa grande nave chamada Terra, evoluindo para a fusão com o Grande Foco, limitados pela matéria que nos aproxima com mais facilidade aos seres irracionais do que aos seres de Luz.
Para iniciar qualquer mudança interna é preciso, primeiro, identificar as próprias falhas, certa vez fiz uma experiência muito interessante, já descrita em uma das minhas crônicas: perguntei às pessoas mais próximas quais eram as minhas qualidades e meus piores defeitos, foi difícil ouvir as críticas, mas ali comecei meu aperfeiçoamento.
Existe uma necessidade premente de sermos aceitos como somos, mas a vida não é assim, para se conquistar a felicidade e a alegria neste plano é preciso muito trabalho pessoal, reconhecer que não podemos controlar o querer do semelhante, cada um tem suas expectativas e sentimentos, não podemos exigir que o mundo se comporte segundo nossa vontade.
Quando se está apaixonado, há pavor de perder a pessoa de nossa estima, os adolescentes questionam muito, como garantir que ele(a) fique para sempre ao seu lado. Imaturos, não sabem que não existem garantias nessa vida, muitas vezes perdemos o objeto de nosso desejo sem ter a visão astral ampla o suficiente para entender que às vezes notícias boas vêm fantasiadas de más notícias, é apenas mais uma experiência para o espírito. A dor da perda machuca, dói; aí vem a busca de apoio espiritual, como se as Forças Superiores pudessem fazer acontecer os maiores milagres! É preciso entender que a única companhia que não se pode perder é a própria, todas as outras relações são efêmeras, limitadas pela matéria e pelas leis da natureza.
O amadurecimento saudável traz a noção de que existe um valor especial em cada um de nós e isso traz a tranqüilidade de saber que somos dignos de ser amados e que, se são os nossos pensamentos que determinam a felicidade, se faz necessário evitar os pensamentos que ocasionam depressão e desânimo.
Para que a vida flua existem três coisas importantes: saber quem se é; saber onde se está e principalmente para onde ir. Quem se questiona está acordado, consciente, a vida caminha melhor e as garantias de momentos felizes se multiplicam, principalmente se o indivíduo perceber que a sua felicidade não pode depender de fatores externos, mas sim da paz espiritual. Kant(1789) dizia: "Dê a um homem tudo o que ele deseja, e ele, apesar disso, naquele mesmo momento, sentirá que esse tudo não é tudo." Um racionalista puro. Se acrescentarmos o lado cristão devemos nos lembrar de Sócrates, que gostava de descansar a cabeça percorrendo o centro comercial de Atenas, e quando os vendedores o assediavam ele respondia: "Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz."
GARANTIA DA FELICIDADE
Por: Heloisa Ferreira da Costa
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