A FELICIDADE DE AMAR É CONTEMPLAR A NATUREZA E SENTIR AS VIBRAÇÕES DA FORÇA CRIADORA QUE SE ESPALHA PELO UNIVERSO INFINITO, QUE EM UNIÃO COM A MATÉRIA CÓSMICA POSSIBILITA QUE A EVOLUÇÃO SEJA O PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DO UNIVERSO.

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A MÚSICA

A Inteligência Universal, na música, sente-se de maneira tão intensa, tão empolgante, que nem os irracionais, desde a serpente, ao cão, ao cavalo, até os alados, dentre os quais se destaca o melro, negro, vibrante, luzidio, bico amarelo, “madrugador, jovial que dentre os arvoredos, logo de manhã cedo, solta risadas de cristal”, escapam à sua real e deificadora influência.


Em todas as artes se sente essa Força, essa Inteligência, através das imensas belezas que produz; mas na música, em qualquer dos seus gêneros, demonstrando diversos estados da vida dos seres, da atmosfera e coisas deste planeta, desde as tempestades cruentas, tétricas, até ao raiar da aurora em dias primaveris, que traz alegria para todos os seres, ela é tão realmente sentida, que chega a tornar-se visível na luz da aura, que envolve as suas partículas, produtoras dessas incomparáveis belezas espalhadas por todo o planeta.

Das belas artes, é de fato, a música, a que mais se eleva, se salienta e nos faz sentir e compreendê-la em toda a sua grandeza.

É ela que nos faz sentir o que são “os cânticos harmoniosos dos destinos flutuantes, e assim a expressão verdadeira da sina e da vida, neste amplo deserto, onde meditados enganos, na tempestade ou na calmaria, se apossam de nós, nos subjugam, nos prendem ou cativam, na maior parte do tempo, sem um raio de luz, sem um brilho de consciência; cegos, neste sonhar acordados, entrelaçados de encantos, de magias, filhos da matéria e dela escrava, até ao raiar da aurora da vida, que é o acordar do espírito, já livre do seu corpo material, em pleno mundo diáfano que lhe é próprio”.

É a música que mais facilmente nos faz compreender que, na grandiosa obra da Inteligência Universal, tudo se encadeia, derramando torrentes de harmonia, e que nas sábias leis que conduzem à perfeição, que produzem desde o mais insignificante grão de areia, desde o mais pequeno inseto, desde o mais microscópico átomo, aos grandes planetas dispersos no infinito, tudo toma o estado preciso ao meio e às correntes fluídicas, para permitir uma vida duradoura, de harmonia com as irrevogáveis leis da natureza.

É ela, a música, que nos faz compreender tudo isso e mais: que de fato os mundos têm suas leis sábias, e que os seres humanos, sujeitos, como tudo, a essas leis, estão ligados fluidicamente a todos os seres inteligentes, corpóreos e incorpóreos, recebendo irradiações do mundo espiritual, conforme a sua vontade e a natureza dos seus pensamentos.

– E por que tão nitidamente, tão claramente, a música nos faz sentir a Inteligência Universal em toda a sua grandeza?

– Porque, em virtude desses princípios que aqui ficam mencionados, a alma do artista, no momento em que se dispõe a produzir, em virtude da lei da atração, eleva-se e religa-se aos grandes planetas, e ali, envolta na luz astral que lhe é própria, na grande, na diáfana, na pura atmosfera desses mundos, em presença da luz, da força, da inteligência, que reside neles, como se já fora completamente desprendida da torturante atmosfera do mundo físico, vive ela e sente a verdadeira vida da alma humana.

E nesse estado de plena liberdade, amparado e intuído por entidades puras, é que ele produz essas harmonias, essas verdadeiras belezas da alma, que tão benéfico efeito produzem em todos os seres da criação, especialmente no ser humano.

A MÚSICA
Por: Luiz de Mattos
Fonte: Livro Vibrações da Inteligência Universal

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